ABRH Brasil

Proporcionar formas de cuidar da saúde do colaborador (mental, física e alimentar) é a melhor maneira de elevar os indicadores de produtividade nas empresas e evitar doenças ocupacionais como o burnout, depressão e ansiedade, além das doenças crônicas como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.

Mas para que esses benefícios sejam colhidos, é essencial atuar na criação de um terreno fértil para isso, então que tal olharmos para dentro das empresas levando em conta práticas, princípios e valores que sustentam a criação de um estilo de vida saudável?

Durante a 48ª edição do CONARH, a palestrante e empreendedora Marina Amaral com o oferecimento da Namu, plataforma de bem-estar corporativo, destacou a importância da criação de uma cultura de saúde nas empresas.

As Zonas Azuis e os 9 hábitos para uma vida saudável

Existem cinco regiões mais longevas do mundo denominadas Blue Zones (Zonas Azuis). Mapeadas por Dan Buettner, jornalista e escritor, elas estão localizadas na Sardenha, na Itália, Okinawa, no Japão, Costa Rica, Grécia e Loma Linda, na Califórnia. E nessas regiões, as pessoas não apenas vivem por mais tempo, passando dos cem anos, como também são mais felizes e cheias de vitalidade.

Mas por que essas pessoas vivem tão bem, tão felizes e tão saudáveis? Dan Buettner e sua equipe então chegaram no Power 9, que são os nove hábitos comuns dessas 5 regiões.

Nove hábitos em comum nas regiões chamadas de “Zonas Azuis”:

  1. Movimento: mova-se naturalmente, caminhe, faça atividades naturais;
  2. Conheça seu propósito: saiba o quanto você contribui, conheça o seu valor;
  3. Diminua a marcha: reconheça os seus limites;
  4. Coma com sabedoria – regra dos 80%: alimente-se com sabedoria, até ficar 80% satisfeito e não para passar mal;
  5. Plant Based: tenha uma alimentação predominantemente à base de plantas;
  6. Wine at five: o vinho como agente de saúde, incluir uma taça de vinho na dieta;
  7. Família: tenha sempre a família por perto;
  8. Pertencimento: sinta-se parte de algo maior;
  9. Tribo certa: esteja ao lado das pessoas que as inspirem a serem melhores.

O ponto aqui é que as empresas, podem ser como as Zonas Azuis. Assim como as sociedades, as empresas possuem suas próprias regras, legislação, modo de funcionamento, líderes e população. Por isso, possuem grande potencial para ajudarem os indivíduos a se desenvolverem nos aspectos pessoais e profissionais.

Segundo Dan Buettner, as pessoas se retroalimentam positivamente a todo instante. Somos o reflexo do outro. A mesma coisa acontece com a liderança. Eles devem agir como os prefeitos, sendo os primeiros a abraçar a causa da saúde integral nas empresas para impulsionar os outros.

Líderes engajados como heróis da saúde nas empresas

Como dito anteriormente, para construir uma cultura de saúde nas empresas, os líderes devem ser os primeiros a abraçar a causa.

Eles devem ser os heróis da saúde que irão influenciar positivamente o hábito das pessoas. Mas é claro que infelizmente, não é possível engajar todos os líderes nas iniciativas corporativas de saúde e bem-estar.

Contudo, dá para ter resultados mais eficazes e assertivos aplicando o modelo transteórico de comportamento, criado pelo Prochaska e DiClemente na década de 80, com base no desenvolvimento de programas antitabagistas para explicar que nem todo mundo está pronto para mudança naquele momento.

Os 6 estágios da mudança de comportamento:

  1. Pré-contemplação: estágio da resistência total. Eu não quero mudar, estou bem assim;
  2. Contemplação: estágio da dúvida. Quero mudar, mas não tenho certeza;
  3. Preparação: estágio do planejamento. Estou buscando informações sobre como mudar;
  4. Ação: hora da mudança de hábitos, estágio da atitude;
  5. Manutenção: estágio em que se continua praticando as ações de mudança;
  6. Recaída: retorno à estaca zero, hora de começar tudo novamente.

De acordo com as pesquisas de DiClemente e Prochaska, apenas 20% das pessoas estão preparadas para a mudança. Os 80% restantes estão entre os estágios de pré-contemplação e contemplação. Então, para estabelecer uma cultura de saúde nas empresas, é mais estratégico focar em quem está pronto para mudar.

Todavia, esses líderes prontos para a mudança certamente vão mudar e estimular uma mudança efetiva nas equipes de trabalho, tornando-se embaixadores em saúde.

Para viver uma cultura de saúde nas empresas, é preciso influenciar positivamente o hábito das pessoas

Para construir uma cultura de saúde nas empresas, os ambientes corporativos precisam comunicar saúde e bem-estar. A saúde deve estar presente na falta do açúcar na hora da entrega do café, na reunião antes do expediente, na criação de ambientes de descompressão e de convivência.

O fato é que as empresas têm a possibilidade de comunicar seus valores através de pequenas ações no dia a dia. Essa atitude cria ambientes que estimulam a mudança de hábitos. E caso a sua empresa não disponha de recursos para criar ambientes mais saudáveis imediatamente, pode começar aos poucos, com mensagens positivas e adoção de cardápios mais saudáveis, por exemplo.

Crie rotinas saudáveis para os colaboradores incluindo:

  • Sessões rápidas de alongamento;
  • Ginástica laboral durante o trabalho;
  • Práticas de relaxamento como meditação;
  • Atividades curtas de yoga.

E felizmente, hoje em dia a liderança das empresas podem contar com os benefícios das plataformas e aplicativos de saúde e bem-estar, como a Namu. Essas soluções tecnológicas reúnem em um único lugar, vários recursos que auxiliam profundamente no processo de mudança das pessoas. Elas permitem que os colaboradores façam terapias, cuidem da rotina alimentar, pratiquem atividades físicas e tenham acesso a conteúdos informativos criados por experts em saúde. E tudo a apenas alguns cliques de distância.

Para finalizar, vale destacar que as empresas reúnem pessoas com os mesmos objetivos: performance e resultados. Sendo assim, são ambientes excelentes para inspirar a transformação e o aprendizado. Entendendo que as mudanças são potencializadas quando feitas coletivamente. Quando decidimos mudar um hábito, temos 3 vezes mais chances de êxito quando estamos em grupo. Então, líderes, aproveitem essa oportunidade para construir uma cultura de saúde nas empresas! Deem o primeiro passo rumo à transformação!

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