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RH em ação – Parte 1

2017_2018_brÉ certo que 2017 não foi um ano fácil e talvez por isso mesmo mostrou-se um mar de oportunidades para o RH navegar, protagonizar e inovar; e em 2018 não vai ser diferente. Foi o que o Pessoas de ValoRH concluiu ao ouvir executivos de RH de diferentes setores da economia. Os depoimentos podem ser conferidos nas edições de hoje e da próxima quinta-feira.

 

Fotos: Divulgação

Deise Vieira é diretora de RH da Médicos Sem Fronteiras Brasil

Deise Vieira

A preparação de uma nova fase na gestão de pessoas. Assim foi 2017 para a seção brasileira da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras, que leva gratuitamente cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos, epidemias, desastres naturais ou sem nenhum acesso a tratamento médico.

Com o nosso crescimento – há três anos éramos 30 profissionais no escritório, hoje somos 150, além dos 210 que trabalham por períodos determinados no exterior –, a demanda por uma atuação estratégica do RH se tornou evidente.

O grande desafio é recrutar brasileiros para nossos projetos médicos. E não apenas profissionais de saúde, mas também administradores, logísticos e especialistas em RH. Esses profissionais são remunerados, mas precisam ter compromisso humanitário. Além de qualificações técnicas, experiência de pelo menos dois anos e capacidade de se comunicar em inglês e francês, eles devem ter disponibilidade para se ausentar por um mínimo de seis meses e trabalhar em contextos difíceis e complexos.

Temos a ambição de formar um pool de profissionais que reflita a diversidade regional e social do Brasil, desafiando a desigualdade nacional na distribuição de recursos educacionais e de renda. Muitos de nossos recrutados ainda vêm das grandes cidades, mas, com ações de RH e comunicação, estamos investindo para diversificar tal quadro. Esse é o nosso tom em 2018.

 

Cristina Aiach Weiss é diretora de RH para América Latina do Deutsche Bank e integrante do comitê de criação do CONARH 2018

Cristina Aiach

Para muitos, 2017 foi um ano de grandes transformações. O mercado reagiu aos dramas políticos, empresários entregaram as chaves, outros partiram do país. Na indústria financeira, não foi diferente: operações vendidas, concluídas, algumas unidas com instituições parceiras.

Desta vez, não houve escolha para o RH: atuar como parceiro estratégico se tornou imperativo, sair da pregação para a ação. Em um ambiente de tanta insegurança e incertezas, prestemos atenção ao que não está explícito: aos sentimentos de seus coadjuvantes, suas emoções, a alma da organização.

No banco, priorizamos a manutenção de um ambiente próspero e colaborativo. Apesar dos desafios de um momento com demandas únicas, nos mantivemos atuantes em todas as iniciativas de engajamento: o grupo de meditação acolheu 50 meditadores, jovens talentos assumiram projetos estratégicos, gestores foram preparados para lidar com diferentes gerações no XYZ Managers, o Programa de Mentoria entrou no 4º ano, o Dia da Gratidão teve 90 homenageados, o Comitê de Diversidade lançou novos projetos, o Programa Talento em Família acolheu vários artesãos, até Oktoberfest comemoramos. Porque não importa a indústria de atuação, todo espaço coletivo é lugar para pensar no humano além de ser humano.

A mensagem para 2018 é de que todo o processo de mudança traz novas ideias, esperança e a certeza de que se reinventar não só é possível, mas necessário. Através da renovação, perpetuamos nossa história de uma instituição que contribui para um país em eterna evolução. E assim acontece com nossos profissionais. Acreditamos que não há outra forma de evoluir com sustentabilidade: que todos crescem juntos.

 

Carlos Alberto Hilário Andrade é diretor de RH da Anglo American Brasil

Carlos Alberto Hilário Andrade

O ano de 2017 foi desafiador. Em seu curso, a complexidade do mundo ficou mais evidente do que nunca. Por outro lado, as mudanças comportamentais e tecnológicas tornaram claro que um novo jeito de ser e de estar no planeta já vem sendo construído.

Nesse cenário, indivíduos modificam seu modo de agir em muitos âmbitos da vida, entre eles, no ambiente organizacional. Isso traz desafios e oportunidades para os gestores de Recursos Humanos. É hora de pensar o futuro com um novo olhar. É hora de aprender outra vez.

A integração das operações de níquel (GO) com minério de ferro (MG) e nosso 100º aniversário são mostras da maturidade do nosso negócio no mundo. Alinhada com o momento, a liderança da Anglo American implementou um processo de transformação cultural, difundida pelos empregados, que envolve a mudança de mentalidade na empresa. E também um programa que visa fortalecer o time de líderes e o plano de sucessão.

Agora, esperamos obter as licenças ambientais para a continuidade do negócio em Minas Gerais. Em 2018, os desafios continuam, como adequação às reformas na legislação trabalhista e gestão de pessoas na era digital, entre outros. E assim novas conquistas virão.

 

Elisabete Rello é diretora de RH da Bayer Brasil

Elisabete Rello

O ano de 2017 foi marcado por grandes conquistas na área de Recursos Humanos da Bayer. A principal delas foi evoluir em total comunhão com nosso propósito de melhorar a vida das pessoas. Por exemplo: com o apoio da liderança, nossas políticas inclusivas foram fortalecidas por meio da reformulação e criação dos nossos comitês de diversidade. Esse movimento é um reflexo de uma das principais tendências para o setor.

Promover condições de desenvolvimento de nossas lideranças e prepará-las para enfrentar os desafios crescentes dos negócios é um compromisso permanente na Bayer e isso deve ficar ainda mais evidente em 2018. Também é um de nossos objetivos acompanhar o impacto da transformação digital na gestão de pessoas. Além disso, a área trabalha em um esforço mútuo para promover mudanças culturais que agreguem todos os nossos comportamentos-âncora, como colaboração, confiança, foco no cliente e experimentação.

Neste ano, vamos investir ainda mais em ações que permitam a criação de condições igualitárias de desenvolvimento para os nossos talentos em todas as dimensões da diversidade, queremos aumentar ainda mais os índices de engajamento, melhorar nossos processos e investir em excelência operacional.

Essas novas ideias e ações se somam aos nossos esforços para investir em programas voltados à qualidade de vida dos profissionais, sempre engajados com causas e valores que a empresa tem orgulho de apoiar.

 

Cinthia Bossi e Andrezza Camargo são, respectivamente, diretora de RH e gerente de Pessoas e Organização da Syngenta. Ambas são integrantes do comitê de criação do CONARH 2018

Cinthia BossiAndrezza Camargo

Depois de um complexo 2016, as expectativas depositadas em 2017 eram intensas. Diante de um cenário ainda marcado por incertezas, o ano evidenciou a priorização como tema vital para diversas organizações. E isso não foi diferente para o agronegócio, que, em paralelo, tem vivido um movimento marcado por consolidação e mudanças substanciais.

Para a Syngenta, o momento é de conexão com a certeza de que nossa trajetória reafirma a força de nossa estratégia e liderança no fornecimento de produtos e tecnologias de ponta a agricultores, alinhados conosco no que se refere ao papel que desempenhamos juntos: alimentar uma população em constante expansão.

Temos a convicção de que toda companhia que deseja se manter na liderança e aumentar sua relevância precisa de uma base sólida, de uma estrutura forte e de pessoas engajadas, que a suportem rumo ao desenvolvimento sustentável. Na Syngenta, isso é representado pelo que chamamos de Backbone (espinha dorsal), que define e reforça a nossa cultura organizacional, tendo sido atualizado perante as transformações de nosso setor e nossa empresa. O Backbone tem o objetivo de reforçar a conexão de todos os profissionais com a nossa cultura e nossos valores, nos permitindo trilhar a mesma jornada em direção ao futuro do agronegócio, que ajudamos a construir todos os dias.

Em 2018, temos o desafio de continuar desenvolvendo nossos líderes para que atinjam resultados e concretizem a nossa estratégia a partir de uma visão inspiradora, despertando o melhor de cada profissional.

O novo ano pede uma liderança motivada para transformar a organização a partir de uma visão clara, com foco na execução e na capacidade de desenvolver equipes e indivíduos, atentando constantemente para a valorização da diversidade.

Em outra frente importante, continuaremos a aprimorar constantemente nosso plano de sucessão, incentivando movimentações internas, promovendo talentos formados em casa, que vão das gerências à presidência, garantindo que a cultura e os valores da empresa se perpetuem e se disseminem internamente. Temos trabalhado e seguiremos trabalhando com a certeza de que as pessoas são nosso ativo mais valioso.

 

Osmar Stefanini é vice-presidente de RH da Laureate Brasil

Osmar Stefanini

Em 2017, concentramos os nossos esforços na criação de estratégias inovadoras para driblar o cenário econômico adverso no Brasil e no mundo. De maneira responsável e assertiva, atuamos na sinergia dos processos e na eficiência operacional com o intuito de fortalecer a gestão para assegurar a qualidade, o crescimento e a sustentabilidade de nosso negócio no setor educacional.

Especificamente no Brasil, lideramos com maturidade e bastante resiliência o projeto de transformação do RH, que engloba ajustes no nosso modelo e estrutura organizacional, bem como investimentos na preparação de novos executivos, tanto vindos do mercado como oriundos de promoções internas ou movimentações laterais.

Acreditamos no potencial de manter em nosso quadro pessoas ecléticas e digitais, que não tenham uma visão segmentada, mas sim uma perspectiva holística do nosso ambiente. A iniciativa de transformar o RH foi pensada durante os anos de 2015 e 2016 e executada desde o início de 2017 com maestria, enquanto também vivenciávamos significativas mudanças em outras áreas da empresa.

Para 2018, o intuito é consolidar a nossa proposta de modernização do RH utilizando as experiências e os aprendizados como aliados dessa construção de um time feliz, motivado e engajado com o nosso propósito. Além disso, temos o compromisso de envolver nossos colaboradores, professores e alunos em ações sociais que ultrapassam as esferas internas e promovem um impacto efetivo na sociedade, despertando o espírito solidário em todos.

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