ABRH Brasil

O empresariado brasileiro inicia 2018 mais otimista em relação aos negócios para os próximos 12 meses. É o que aponta o estudo International Business Report (IBR), realizado pela auditoria e consultoria Grant Thornton. O índice do Brasil no 4º trimestre de 2017 foi de 31%, aumento de 5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. O levantamento avalia a expectativa de 2.500 líderes de mercado em 35 economias.

“A melhora pode estar influenciada pela pressuposição de que o ambiente global permanecerá favorável e que o quadro político não contaminará a economia de forma significativa. A continuidade da recuperação da expansão do consumo das famílias; a ampliação dos investimentos, reflexo da expansão do crédito para pessoas jurídicas, e o aumento do número de postos de trabalho são fatores que poderão reverter a contração dos últimos anos”, destaca Daniel Maranhão, sócio-líder da área de auditoria da Grant Thornton.

Apesar da leve melhora, o Brasil ainda está abaixo da média global, que foi de 58%. “Os principais riscos para a atividade brasileira podem estar associados à incerteza sobre a capacidade do governo que será eleito em 2018 em reverter o desequilíbrio fiscal dos últimos anos e a manutenção das condições favoráveis na economia global. Porém, já é o 7º trimestre consecutivo que o Brasil apresenta indicadores positivos e estamos percebendo que alguns setores da economia estão com alto potencial de crescimento como infraestrutura, tecnologia, educação, agronegócio e saúde”, completa Maranhão.

Confira a evolução dos dados nos últimos trimestres:

Grant Thorton - gráfico 1

No ranking global, o Brasil ganhou três posições e subiu da 25ª para 22ª colocação, se posicionando à frente da Rússia (23º), Itália (24º), Reino Unido (28º) e Japão (30º). Os países mais otimistas são Indonésia (100%), Finlândia (96%) e Holanda (92%). Os piores indicadores são apresentados pela África do Sul (-18%), Grécia (-10%) e Turquia (-10%). Quem mais cresceu em relação ao trimestre anterior foi a China, com 26 pontos percentuais, já a Itália foi a que mais caiu (24 pontos percentuais).

Globalmente, a média de 58% registra aumento de 9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 20 quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Das grandes potências, a China apresentou 78%, crescimento de 26 pontos percentuais. Já os Estados Unidos, com 79%, e a União Europeia, com 48%, tiveram crescimento de 9 pontos percentuais e 1 ponto percentual, respectivamente. Importantes economias da Europa apresentaram leve recuperação como Alemanha (72%), 4 pontos percentuais de crescimento; França (52%), 11 pontos percentuais e Reino Unido (12%), 3 pontos percentuais a mais. A Espanha, com 43%, teve uma queda de 2 pontos percentuais.

Grant Thorton - gráfico 2