Entender os anseios do mercado de trabalho e a busca dos executivos e profissionais ativos para o ano que se inicia foi o objetivo de uma pesquisa realizada pela W Futurismo e a W Future School. E, de acordo com os resultados, além da inovar nos negócios, os profissionais possuem forte desejo de se reinventar. Mais da metade dos entrevistados – 50,6% – diz ter esse desejo e considera que relançar a si mesmo é fundamental para ser valorizado pelo mercado exponencial. Outros 24,1% indicam que estão interessados em aprender sobre os novos modelos de carreira e negócios.
Para Jaqueline Weigel, idealizadora do estudo, o resultado é um sintoma que atesta o verdadeiro interesse das pessoas em conseguir espaço no mercado digital. Ela destaca que o anseio por mudança em executivos e profissionais é legítimo, entretanto, eles não têm clareza e conhecimento para produzir essa transformação e, ainda, não assumem sua baixa competência para executar a transição.
“Observamos com essa análise, que é preciso arquivar o velho conhecimento e mergulhar nas novas teorias e ferramentas do mercado digital e futurista, elas são incríveis e muito mais eficientes. Aprender de forma consistente e desenvolver habilidades é o início da mudança”, conclui.
Desafios nos negócios
A inovação como o grande desafio deste ano nos negócios foi apontada por 32,9% dos executivos entrevistados. Outro é encontrar pessoas capacitadas para a era tecnológica, dificuldade apontada por 29,1%. Já gestão e estratégia aparecem respectivamente em terceiro e quarto lugar.
Para Jaqueline, a visão dos executivos sobre inovação precisa de ajustes: inovação é estratégia. Ela explica que os projetos de inovação de sustentação e disrupção deveriam caminhar separadamente, conectados apenas em algum ponto estratégico, e não coabitarem o mesmo espaço.
“A estratégia precisa ser exponencial e a maioria dos executivos não têm conhecimento e habilidades suficientes para isso. Poucas empresas priorizam a mudança de modelo mental e cultural, ou a preparação do ambiente para a inserção de startups, por exemplo. Algumas empresas não estão prontas para a transformação digital ou não são exponenciáveis, e decisões com foco no curto prazo podem trazer consequências caóticas para os negócios”, avalia.
A pesquisa foi feita entre os meses de outubro e novembro de 2017 e ouviu mais de 800 pessoas, entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Espírito Santo e Porto Alegre.