ABRH Brasil

Por Irene Azevedoh*

Está vislumbrando ou até mesmo vivenciando uma transição em sua carreira ou vida pessoal? Se sua resposta for sim, provavelmente você deve se sentir no meio de turbilhão. Também, nesse primeiro momento, ainda está vivenciando o luto: momento em que está triste, pensando no passado como ele fosse sua última alternativa.

Caso isso esteja acontecendo, vou te dar uma notícia: está tudo bem, é assim mesmo. Lembre-se que realmente é difícil se desvencilhar do passado, pois o que vem pela frente é totalmente desconhecido. O problema é quando não se consegue sair dessa perda e este período permanece por vários meses. Aí sim é uma situação anormal.

Quando essa fase do luto passa e já se consegue perceber as oportunidades, você entra no segundo estágio da mudança. Com certeza, vão aparecer muitas oportunidades que necessitarão de calma e ponderação para identificar quais são as melhores para você.

Nessa etapa, muitos pegam a primeira oportunidade e, muitas vezes, por não a terem analisado corretamente, entram em uma “canoa furada”, e voltam para o luto. Outros ficam passeando de oportunidade em oportunidade e não saem dessa fase. Mas, há aqueles que, ao embarcarem em uma canoa furada, aprendem a lição e analisam corretamente as próximas oportunidades ou aqueles que antes de aceitar a primeira oferta, analisam todas as variáveis, pegando, então, aquela que julgam ser a mais adequada e se engajam, se comprometem com ela. Nesse momento, entram no último estágio que é o comprometimento.

Essa fase é igualmente importante. Conseguir uma oportunidade não significa que a partir daí tudo está garantido; significa que você terá outros desafios. Então, comece o trabalho: entender bem o contexto em estará inserido, identificar seus principais parceiros, fazer alianças com eles e, sobretudo, desenhar os seus projetos de curto e longo prazo, trabalhando duro para que eles tenham êxito.

Caso não esteja vivenciando nenhuma dessas fases, prepare-se, porque as mudanças virão. Lembre-se de que todos nós estamos em transição, só que uns momentaneamente são remunerados! E isso não é o final do mundo, é uma oportunidade, pois é sempre um começo de uma nova etapa.

*Irene Azevedoh é diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança para América Latina da consultoria Lee Hecht Harrison / Foto: Helton Carneiro