ABRH Brasil

Por Adriana Fellipelli*

Karina é ótima para planejar projetos, porém muito tímida e introspectiva no trabalho. Ela executa tarefas com perfeição. Seu colega de equipe, o Carlos, adora conversar com todos e sabe se expressar muito bem com seus supervisores e clientes. Desorganizado, por outro lado, não consegue colocar suas muitas ideias em prática.

Isoladamente, ambos podem passar por apuros na execução das tarefas cotidianas da empresa, porém, juntos compõem um ótimo time na área em que atuam.

Unir forças e combinar os diferentes potenciais de cada profissional de uma equipe é uma das tarefas mais difíceis para líderes, mas fundamental para o sucesso e a renovação dos negócios – características que não podem faltar em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.

As pessoas se complementam e, somente dessa forma, são capazes de se desenvolver e de contribuir para a evolução dos demais.

Assim como em qualquer relacionamento humano, dentro e fora do ambiente corporativo, as pessoas apresentam personalidades e aptidões únicas, tornando a capacidade de equilibrar os talentos de um com as falhas do outro um diferencial importante no ganho de produtividade de qualquer corporação. As pessoas se complementam e, somente dessa forma, são capazes de se desenvolver e de contribuir para a evolução dos demais.

Uma ferramenta bastante eficaz nessa difícil missão de conciliar é o coaching. A técnica contribui para a conscientização de um indivíduo em relação a como responde aos estímulos do ambiente, para que maximize seu próprio desempenho. Mais que ensinar, o coaching ajuda o profissional a aprender e a se renovar em um cenário de constantes mudanças, como o mercado de trabalho.

Mudar requer mais energia do que as pessoas geralmente estão dispostas a gastar.

A autorreflexão é um processo chave durante essa experiência. Porém, mudar requer mais energia do que as pessoas geralmente estão dispostas a gastar.

O cérebro organiza as informações que capta do ambiente por meio de conexões no sistema nervoso, constituindo um mapa mental capaz de influenciar a realidade que enxergamos. Nesse sentido, onde colocarmos a nossa atenção criaremos conexões novas, reestruturando a maneira como percebemos o mundo e resolvemos problemas.

A principal função do coach, profissional que aplica o coaching nos clientes, é, portanto, criar um ambiente estimulante, repleto de atividades estruturadas, capazes de elevar o nível de funcionamento das conexões nervosas de seu aprendiz.

É papel do coach, dessa forma, ajudar os líderes a direcionarem atenção às atividades certas, com foco na solução, e não no problema. A maneira mais eficiente de ajudar o funcionário a resolver um dilema, portanto, é conduzindo-o a um insight, para que ele mesmo encontre o caminho do resultado ideal.

Adriana Fellipelli_br
*Adriana Fellipelli é psicóloga e CEO da Fellipelli Instrumentos de Diagnóstico e Desenvolvimento Organizacional