Número já é 93% maior do que o registrado em todo o ano passado
Os auditores-fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 1.246 pessoas em situações análogas às de escravo entre janeiro e a primeira quinzena de outubro de 2018. O número já é 93% maior do que o registrado em todo o ano passado (645).
Minas Gerais foi o estado com o maior número (754), seguido do Pará (129) e Mato Grosso (128). As três atividades que mais registraram casos de trabalho escravo foram as de criação de bovinos, cultivo de café e a produção florestal (plantio de florestas).
Durante as operações, realizadas em 159 estabelecimentos, foram formalizados 651 trabalhadores, emitidas 601 guias de seguro-desemprego e pagos R$ 1,7 milhão em verbas rescisórias aos resgatados.
O meio urbano foi onde os fiscais mais encontraram situações de trabalhadores em situações degradantes (869); no rural foram 377 casos registrados.
Para Maurício Krepsky, chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), o crescimento não está ligado a uma possível maior prática de trabalho escravo, mas, sim, ao planejamento eficiente das ações de combate a essa prática.
As informações sobre o combate ao trabalho análogo estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), ferramenta de consulta pública aos resultados consolidados da inspeção do trabalho no Brasil.