Por José Ricardo Amaro*
É fato que a área de Recursos Humanos desempenha um importante papel para a promoção de práticas que favoreçam o avanço da participação feminina na liderança. Se hoje acompanhamos avanços em oportunidades igualitárias para homens e mulheres, o movimento estimulado pelo RH é crucial nas empresas, mas esse engajamento tem de transcender a área e permear a organização e a sociedade como um todo.
Tenho acompanhado de perto como ações concretas impactam positivamente a mudança desse cenário. Na Edenred Brasil, grupo do qual a Ticket faz parte, por exemplo, há uma série de iniciativas com foco em multiplicar benefícios e oportunidades para o crescimento profissional da mulher na organização, que receberam reconhecimento e nos fazem ser uma das melhores empresas para mulheres trabalharem. Entre elas está um programa especial para gestantes, o Futura Mamãe, que inclui uma série de benefícios de apoio à saúde e expande a licença-maternidade de quatro para seis meses. Ainda há ações voltadas para a qualidade de vida e a realização de workshops para o debate do tema. Muitas colaboradoras relatam que se sentem mais seguras para planejar suas carreiras com o respaldo de iniciativas como essas.
Em 2017, a porcentagem de mulheres que foram promovidas foi maior que a de homens
É uma percepção que se reflete também nos números do grupo no Brasil – hoje, temos um percentual de 52% de mulheres atuando em nossas marcas. Falando sobre promoções, em 2017, a porcentagem de mulheres que foram promovidas foi maior que a de homens: 53%. e, só no primeiro semestre deste ano, tivemos 54% de promoções a esse público.
Práticas como essa podem e devem ser bem estruturadas e ultrapassar as paredes das organizações, seguindo o caminho do compartilhamento em todos os âmbitos. É com esse propósito que firmamos, recentemente, parcerias com o Movimento Mulher 360 e a ONU Mulheres, importantes representantes dessa frente, para que possamos colocar em prática e compartilhar, cada vez mais, ações que reforcem a força que a participação feminina tem no ambiente corporativo.
Embora o cenário tenha evoluído bastante para o empoderamento da liderança feminina, ainda há um longo caminho pela frente. Se olharmos o mercado como um todo, uma análise da consultoria Bain & Company, realizada em parceria com o LinkedIn sobre o comportamento de homens e mulheres no caminho rumo aos cargos de liderança, revelou que 57% das mulheres acreditam que conseguirão ocupar um cargo de liderança, ante 66% dos homens.
Podemos progredir cada vez mais para reverter esses indicadores. Algumas ações que vimos aqui são um ótimo exemplo para o desenvolvimento e retenção das mulheres na liderança e nos guiam a provocar transformações na sociedade como um todo.