Como lidar com as redes sociais no ambiente de trabalho? Esta é uma questão que vem merecendo a atenção de gestores de recursos humanos das principais empresas do mundo. Não é novidade que a internet, as redes sociais e os smartphones vêm provocando uma revolução comportamental, fazendo com que as pessoas estejam conectadas 24 horas por dia. Acessar o WhatsApp, postar no Facebook e assistir ao vídeo do momento no YouTube são ações que fazem parte do dia a dia das pessoas. Porém esses mesmos avanços que democratizam a informação e trazem facilidades também são responsáveis pela necessidade de políticas nas empresas sobre o uso dessas ferramentas durante o expediente de trabalho. Há o medo de que o funcionário use a rede social para falar mal da empresa ou divulgar alguma informação delicada. Também existe o risco de os colaboradores perderem em produtividade devido ao desvio de atenção.
Isso ainda leva, mesmo que o número esteja diminuindo, a casos de empresas que decidem proibir o acesso, por exemplo, às redes sociais nos computadores corporativos. Esse posicionamento intransigente aponta algumas questões: ainda há organizações que não compreendem o mundo contemporâneo, que não confiam no bom senso de seus funcionários e não procuram a educação como alternativa.
Além disso, um posicionamento rígido diminui as chances de manter funcionários, além de criar um obstáculo na contratação de novos. O que as empresas devem ter em mente é que a geração que está entrando no mercado de trabalho já nasceu inserida nesse mundo tecnológico em que smartphone, tablet e internet são ferramentas que eles conhecem desde a infância. Para eles, os dispositivos tecnológicos são imprescindíveis na satisfação de necessidades fundamentais. São jovens que conseguem falar com amigos ao telefone, enviar mensagens, fazer uma planilha e ouvir uma música. Tudo ao mesmo tempo. Para eles, o ambiente de trabalho e o perfil da empresa são os itens mais relevantes na hora de decidir seu futuro profissional.
Proibir não pode ser a solução. Por isso, a melhor alternativa é investir em educação. Através de suas áreas de Recursos Humanos, as empresas devem procurar desenvolver ações que conscientizem e dialoguem com os colaboradores, indicando que há momento para tudo e que certas situações ou profissões não permitem distrações, sejam elas quais forem. O educar deve ir além, chamando a atenção para o que é dito e publicado durante o expediente de trabalho.
Na verdade, estamos em um processo de amadurecimento, enfrentando um desafio, no qual se deve alinhar a cultura e as necessidades da empresa com uma geração sedenta pelo uso diário da tecnologia. Não existe uma regra universal que seja válida para todas as organizações, mas o simples proibir não é mais cabível. Ignorar a responsabilidade de educar e apenas negar o acesso aos dispositivos tecnológicos pode colocar em risco a imagem da empresa, afastando-a de bons profissionais e prejudicando o futuro da organização.