Por Holden Consultoria de Seguros
Vivemos uma onda de representatividade nas empresas, na busca por novos talentos junto às pessoas pertencentes aos diversos grupos e comunidades sociais. Isto é algo positivo e de grande evolução para corporações e profissionais no mundo do trabalho.
Há estudos que comprovam: empregadores que investem em diversidade são os que mais crescem no mundo, pois, além de agregar conhecimentos, reduz a desigualdade social. Outro benefício notável foi a amplificação da comunicação e a quebra dos vieses inconscientes que habitavam nos ambientes de trabalho.
Esta tem sido uma realidade diferente se comparado há alguns anos, onde muitas pessoas ainda omitiam, por exemplo, sua sexualidade ou gênero nos processos seletivos para ter mais chances de conquistar uma vaga de emprego formal. Além dos LGBTQIA+, mulheres e pessoas afro-brasileiras também lidam com adversidades para se inserir no mercado de trabalho.
A palavra inserir, dentro deste contexto, significa proporcionar a permanência e crescimento do profissional em sua carreira. Ou seja, muito mais do que selecionar candidatos e recrutá-los.
Para isto, temos um próximo passo a dar. Ou melhor dizendo, um desafio a cumprir!
Sabemos que existe uma trajetória após a contratação, um convívio diário com outras pessoas em um ambiente que nem sempre está preparado para incluir e acolher a diversidade. Há relatos de pessoas transgênero que alegam “receio” ou “medo” por parte de outras pessoas, ao integrar uma equipe onde maioria das outras são cisgênero. Há também pessoas afro-brasileiras que testemunham comportamentos de discriminação racial nem sempre de maneira explícita, mas sim velada.
Estas situações, muitas vezes, levam estes profissionais a abandonar uma vaga na qual teriam grande potencial para exercer suas funções. “Por quê me contrataram” ou “O que estou fazendo aqui” são pensamentos que percorrem a mente destas pessoas e que comprometem até mesmo o vosso bem-estar e saúde mental.
Como o departamento de Recursos Humanos pode colaborar para que esta rotina flua de forma saudável, segura e acolhedora para todos?
Aqui vão algumas dicas:
• Aprendizado: a inclusão da diversidade deve ser um projeto que envolva todos. Para isto, pode-se investir em palestras, elaborar materiais didáticos e proporcionar conversas sobre os temas de diversidade e inclusão com mentores especializados.
• Cultura Organizacional: durante ou após os aprendizados, alinhar continuamente o comportamento dos colaboradores conforme os valores da empresa, frisando o respeito que deve existir para com todos que fazem parte da equipe.
• Oportunidades de crescimento: Ter líderes representados pela diversidade proporciona ainda mais engajamento no trabalho interno e externo, amplia possibilidade de crescimento da empresa e do profissional, inspira e motiva outras pessoas.
Atitudes inclusivas proporcionam uma condição de vida digna, que é direito de todos os que vivem na democracia brasileira, conforme os Direitos Fundamentais na Constituição Federal. Portanto, também é válido lembrar que violar a integridade ou discriminar uma pessoa em seu ambiente de trabalho é crime.
Agora, sabemos que este é um trabalho que depende de todos nós. Que façamos acontecer naturalmente, como há de ser, sempre. Vamos desenvolver, crescer e compartilhar o novo juntos!