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Impacto do engajamento no turnover e ações que mais motivam profissionais no país: pesquisa da Flash, em parceria com a FGV-EAESP e Grupo Talenses, traz descobertas valiosas para o RH

A falta de engajamento é um problema global. Ano após ano, o State of the Global Workplace Report, tradicional estudo da consultoria Gallup, mostra que menos de um quarto da população mundial está engajada com seus empregos. Algo que, segundo estimativas da Gallup, pode custar à economia global US$ 8, 8 trilhões por ano.

Não à toa, o tema do engajamento está na pauta da alta liderança das empresas e virou assunto até mesmo no Fórum Econômico Mundial. É em meio a esse contexto que, desde o ano passado, a Flash realiza o Engaja S/A, estudo inédito que mapeia o engajamento dos brasileiros ao nível nacional. Realizado em parceria com a FGV-EAESP e o Grupo Talenses, a pesquisa pioneira traz uma visão tropicalizada e acionável sobre o engajamento, retratando diferenças regionais, de gênero, raça e hierarquia profissional, além das práticas organizacionais que movem o ponteiro da motivação.

Neste ano, fruto de um esforço intencional, o Engaja S/A ficou ainda maior e ouviu 58% mais brasileiros em comparação ao ano passado, totalizando 2.736 respondentes de todas as regiões do país. Entre as descobertas do estudo está o fato de que o engajamento no Brasil cresceu quatro pontos percentuais em comparação a 2023. Apesar da leve melhora, o cenário ainda

é desafiador e quase 6 em cada 10 profissionais do país permanecem desengajados ou ativamente desengajados com o trabalho.

Ǫuais são as ações que mais engajam os brasileiros atualmente

Desde a sua primeira edição, o Engaja S/A busca alinhar a sua amostra de respondentes com os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), com o objetivo de representar o trabalho formal em todas as regiões do Brasil. Nesta edição, houve também um aumento da representatividade e quase metade dos profissionais ouvidos (48%) não possui diploma de ensino superior e 41% têm renda bruta familiar de menos de três salários mínimos (R$ 3.900).

Essa abordagem ampla permite retratar com precisão o trabalhador médio do país, trazendo resultados que refletem a realidade da maior parte das empresas brasileiras. Portanto, as descobertas do Engaja S/A podem nortear e apoiar a gestão de pessoas na maioria das organizações, nos quatro cantos do país.

Outra novidade da 2ª edição do Engaja S/A é que, reforçando seu caráter acionável, a pesquisa passou por uma revisão metodológica e agora também mapeia as ações de engajamento mais comuns nas empresas do Brasil. Concomitantemente, avalia o quanto essas ações são capazes de elevar o engajamento, na visão dos próprios colaboradores.

Os resultados surpreendem. Práticas de baixo custo, como folga no dia do aniversário, participação nos lucros (PLR) e Short Friday, estão entre as mais valorizadas pelos trabalhadores. Por outro lado, essas ações não figuram sequer entre as 10 iniciativas mais praticadas pelas organizações, que ainda concentram esforços em iniciativas como treinamentos e capacitações, reuniões de resultados e programas de ideias.

Isso evidencia que há uma lacuna entre o que os colaboradores realmente valorizam e o que as empresas oferecem, além de reforçar a necessidade de

estratégias mais individualizadas para aumentar o envolvimento no ambiente corporativo.

“Engajamento é um conceito complexo e multifatorial, mas as organizações têm um papel crucial em influenciar esse processo. Os dados mostram que as empresas devem ouvir mais a sua força de trabalho para investir em iniciativas que, de fato, estão conectadas com o desejo dos profissionais”, afirma Isadora Gabriel, CHRO da Flash.

Engajamento é métrica de negócio: os impactos do desengajamento no turnover e quiet quitting

Outra inovação da pesquisa é que, a partir desta edição, o Engaja S/A será uma das poucas pesquisas no país a medir o impacto do engajamento no comportamento dos trabalhadores. Isso porque o estudo traz dados inéditos sobre o desejo do brasileiro de pedir demissão e a adesão ao quiet quitting, fenômeno em que os profissionais fazem apenas o mínimo necessário no trabalho.

Os resultados são alarmantes: 66% dos trabalhadores brasileiros consideraram pedir demissão nos últimos três meses, o que indica que o desengajamento pode ser uma das principais causas do alto índice de turnover das empresas brasileiras. Os dados reforçam que contar com profissionais motivados não é apenas uma questão de bem-estar, mas também de sustentabilidade organizacional, com impactos financeiros e operacionais significativos nos negócios.

Para Isadora Gabriel, é essencial que as empresas se atentem a essa conexão. “O Engaja S/A reforça que investir em uma boa gestão e ambiente organizacional saudável eleva o engajamento, reduzindo a intenção de demissão e quiet quitting. Isso significa que, com o conjunto certo de ações para elevar o envolvimento, os RHs verão impactos em indicadores cruciais, como turnover e produtividade”, diz a executiva.

Engaja S/A tem metodologia inovadora e traz insights

aplicáveis para o RH

O Engaja S/A destaca-se por sua metodologia exclusiva e inovadora, criada a partir da revisão da literatura acadêmica sobre engajamento e validações com grupos focais compostos por profissionais de gestão de pessoas. Por meio desse trabalho, foi possível avaliar o engajamento em seis dimensões. São elas:

  1. Ambiente de trabalho positivo.
  2. Significado no trabalho.
  3. Confiança na liderança.
  4. Boas práticas de gestão.
  5. Crescimento e desenvolvimento.
  6. Remuneração e benefícios.

Cada dimensão é composta por atributos que, ao todo, somam 33 fatores que, em conjunto, ajudam a manter os profissionais envolvidos. Um dos diferenciais da metodologia do Engaja S/A é abordar o engajamento a partir das práticas de gestão organizacionais ao invés de focar em aspectos emocionais dos indivíduos. Isso permite às empresas uma visão mais clara sobre áreas críticas, além de oferecer insumos mais aplicáveis a possíveis planos de ação.

“A realização do Engaja S/A consolida o papel da Flash como uma empresa que se propõe a reinventar o mundo do trabalho, seja por meio de tecnologia que facilite as rotinas profissionais, seja por meio de parcerias com a academia para fornecer informações que ajudem na evolução da gestão das empresas do país”, finaliza Isadora Gabriel.