ABRH Brasil

Por Samir Iásbeck*

Um dos grandes desafios de todo líder de equipe é encontrar o profissional ideal em um processo seletivo e engajar ele a partir do momento que se torna um novo colaborador. O processo de interação desse novo membro com a empresa é conhecido como onboarding (ou integração) e o objetivo é, além de resolver questões operacionais da contratação, capacitar esse profissional passando a cultura da empresa e as atitudes, conhecimentos, habilidades e comportamentos necessários para uma trajetória eficaz dentro da organização. Em suma, uma boa técnica de onboarding vai garantir que o novo colaborador, que está feliz por ter conseguido um emprego, continue assim ao iniciar suas atividades e reduzirá a curva de aprendizagem e o turnover da empresa.

Uma pesquisa feita pela BambooHR, empresa de tecnologia americana que fornece software de Recursos Humanos como um serviço, apontou que 76% dos entrevistados concordam que a formação no trabalho é a coisa mais importante quando se contrata um novo funcionário. Além disso, 15% dos participantes afirmaram que a falta de um processo efetivo de onboarding contribuiu para que eles desistissem ou pensassem em desistir de um emprego. Ou seja, os dados mostram que as empresas precisam estar atentas para desenvolver um projeto eficiente, não só porque um mal executado pode ser uma grande perda de tempo e dinheiro, mas também por conta da rotatividade de funcionários, tendo em vista que isso pode ser muito ruim e até prejudicar os planos a longo prazo da organização.

As melhores práticas de onboarding vão desde a construção de um projeto customizado, até as pequenas coisas, como cumprimentar calorosamente um novo colaborador.

A sequência para um processo efetivo normalmente é dividido em quatro níveis: a conformidade – que inclui o ensinamento básico de processos, normas legais, políticas e regulamentos; a clarificação –, que tem o objetivo de garantir que o funcionário entendeu suas novas funções e se certificar de que os pensamentos estão alinhados com o que a empresa de fato oferece; a cultura – que visa oferecer aos colaboradores um senso de normas organizacionais tanto formais, como informais; e a conexão –, relacionada às relações entre as pessoas e informações que os novos funcionários devem estabelecer.

As melhores práticas de onboarding vão desde a construção de um projeto customizado, até as pequenas coisas, como cumprimentar calorosamente um novo colaborador, levá-lo para almoçar e até fornecer uma estação funcional no primeiro dia. Hoje, existem muitas ferramentas que contribuem para esse processo, como por exemplo softwares especializados que podem organizar todo esse processo, desde a contratação até o final dos primeiros três meses, que são os de experiência.

Quando um novo colaborador é admitido, o primeiro dia pode ser um transtorno por não saber onde vai sentar, como vai acessar o sistema, entre outros. Nesse sentido, plataformas assim podem contribuir, já que muitas delas digitalizam todo o processo de contratação a partir da pré-admissão e tornam tudo muito mais prático e organizado, tanto para o profissional de recursos humanos, como para o novo funcionário, que terá uma ótima primeira impressão da empresa.

A tecnologia mudou para melhor muitos processos dentro das empresas, mas tudo tem que ser feito ainda sem esquecer as relações humanas.

É importante levarmos em consideração que um procedimento bem executado impacta positivamente na gestão de pessoas e, consequentemente, nos bons resultados de uma equipe inteira. Até porque, hoje em dia as empresas são a segunda casa de muita gente e as pessoas prezam pela qualidade de vida quando estão escolhendo um trabalho. Sendo assim, é de suma importância que elas se sintam acolhidas.

Diante desse cenário, podemos concluir que a tecnologia mudou para melhor muitos processos dentro das empresas, mas tudo tem que ser feito ainda sem esquecer as relações humanas. Meu conselho é que você, profissional de Recursos Humanos, busque a solução que mais se adeque à sua empresa para otimizar o seu tempo, que hoje em dia é tão ‘caro’. Boa sorte!

*Samir Iásbeck é CEO e Fundador da plataforma de aprendizagem Qranio/Foto: Divulgação

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