Promovido pela ABRH Brasil, o 2º Fórum Global Learning reuniu mais de 600 participantes ligados ao universo de RH e gestão de pessoas. O encontro virtual, com o tema “Reset a estratégia – a nova realidade começou”, trouxe pensadores e executivos, do Brasil e do mundo, para debater temas atuais de alta relevância para profissionais e líderes.
A iniciativa está alinhada a um movimento do Fórum Econômico Mundial, que se trata do “great reset”, para que todos parem por um momento, reavaliem as necessidades das pessoas e das organizações, e recomecem. A ideia não é abandonar o que já foi feito, mas sim compreender como atuar diante desse cenário novo, que exige novas competências, novos conhecimentos e novas atitudes.
Na abertura, Domenico De Masi, professor e sociólogo italiano, destacou que a pandemia colocou todos em uma mesma sala de aula, pois todos tinham algo a aprender, e a importância da convivência humana. De Masi ainda abordou a inovação, analisando que “só é positiva quando determina a felicidade de um maior número de pessoas, pois se não cria felicidade, é um drama humano”. Falando sobre o fator humano, o professor ressaltou também que quanto mais tecnológico o ambiente, maior a necessidade de conexão humana.
Em seguida, Scott Cawood, CEO da WorldatWork, nos EUA, avaliou que tivemos o equivalente a sete anos de mudanças nos processos de trabalho em um período de apenas seis meses. Cawood destacou ainda que o “trabalho não é mais um lugar” e que pode ser realizado de qualquer lugar, e que a inovação vai muito além da digitalização de processos. Cada vez mais, percebemos o quanto podemos ser produtivos e próximos das pessoas mesmo à distância.
No painel seguinte, Alexandre Costa, presidente da Cacau Show, comentou que não temos que viver “by the book”, no sentido de manter sempre os mesmos processos, mas sim “by the life”, para entender o que dá certo para depois tornar isso um processo. “Estamos aqui criando um novo modo de enxergar as organizações e tudo isso se deve a um novo modo de enxergar a vida”, ressaltou o executivo.
Na sequência, Deborah Folloni, fundadora da Chiligum; e Julio Begali, diretor executivo da SMARTie, focaram o bate-papo no fortalecimento da cultura corporativa, reforçando as ações das startups como um exemplo para as empresas alavancarem seus resultados, e adotando o mindset das startups para a aplicação de fluxos ágeis e claros. Outro importante ponto abordado de aprendizado para as companhias é a necessidade de se organizar para crescer. Entretanto, isso não significa que temos que enrijecer e nem que a flexibilidade seja perdida. Afinal, a burocracia torna impossível tudo o que já era difícil.
Fabio Rosé, vice-presidente de RH da L´oréal Luxe (França), e Juliana Nunes, head global de RH na Johnson & Johnson (EUA), marcaram presença no último painel. Com mais de 17 anos atuando no RH da Johnson & Johnson, Juliana trouxe sua visão sobre as estratégias desenvolvidas para enfrentar esse cenário sem precedentes. Já Rosé explicou a importância do trabalho colaborativo entre os times de RH como o impulsionador de crescimento e reconhecimento. Em relação aos desafios impostos pela pandemia no exterior, os executivos destacaram que são os mesmos do Brasil, o que muda é a postura. A objetividade, “é isso ou não é”, faz com que obstáculos sejam superados com mais agilidade. Ambos também ressaltaram que algumas pautas não podem estar na agenda secundária do RH e das organizações, como a diversidade e o posicionamento social, por exemplo.
Pensado para atualizar e orientar profissionais e líderes em meio ao momento de incertezas, o 2º Fórum Global Learning contou com a curadoria de Leyla Nascimento, CEO da Capacitare e diretora Internacional da ABRH Brasil; Cesar Souza, CEO do Grupo Empreenda e membro do Conselho Estratégico da ABRH Brasil; Paulo Sardinha, presidente da Diretoria Executiva da ABRH Brasil; Ricardo Voltolini, CEO do Ideia Sustentável e diretor de Sustentabilidade da ABRH Brasil; e Reinaldo Bulgarelli, sócio-diretor da Txai Consultoria e Educação e diretor de Diversidade da ABRH Brasil.