Por Cris Kerr*
A dor social é um tema importante quando falamos de inclusão e diversidade. Trata-se do sentimento que as pessoas têm em relação a serem incluídas ou rejeitadas no grupo social em que estão inseridas, podendo ser profissional ou pessoal.
Em um experimento realizado pela área de neurociência social da Universidade da Califórnia foi possível compreender melhor o que ocorre no cérebro de uma pessoa quando ela é rejeitada. Durante o estudo, o cérebro era examinado por um aparelho de ressonância magnética enquanto pessoas voluntárias jogavam um jogo eletrônico, quando, de repente, na metade do jogo, uma pessoa era excluída da brincadeira.
Quando a pessoa descobria que tinha sido eliminada, ela expressava um sentimento de raiva por ter sido julgada e excluída. Mas quem é que nunca passou por situações semelhantes em algum momento da vida?
O que não sabíamos é que a parte do cérebro responsável por esse sentimento de exclusão (o córtex cingulado anterior) é a mesma que causa a dor. Dessa forma, o sentimento de rejeição provoca no cérebro o mesmo tipo de reação da dor física.
Mas o que isso tem a ver com a sua corporação? Tudo! O nosso cérebro vê o ambiente de trabalho como um sistema social. Esse vilão mina o clima organizacional e se torna uma ameaça à diversidade e, principalmente, à inclusão, pois faz com que a pessoa não se sinta pertencente ao time e apresente baixo desempenho para criar e tomar decisões e, assim, ela tende a deixar a empresa.
Pessoas que se sentem excluídas ou que não são reconhecidas no trabalho experimentam fortes impulsos neurais, similares a uma pancada na cabeça. Por isso, é importante que os líderes aprendam a entender essa dinâmica para conseguirem engajar seus colaboradores, fazendo com que eles se sintam pertencentes ao time.
Essa habilidade de conduzir o cérebro social dos colaboradores para alcançar um desempenho mais eficiente se tornará um dos grandes diferenciais da liderança no futuro. E você está preparado para ser um líder colaborativo que se conecta com seus colaboradores de forma empática e inclusiva?