ABRH Brasil

farmer-880567_skeeze_pixabayPor ter sido pouco impactado pela crise, o setor de agronegócios segue sua rotina de contratações, tendo empregado, em 2017, 32,3% dos trabalhadores formais do país – mais de 30 milhões, de acordo com a CNA Brasil (Confederação da Agricultura e Pecuária).
Um levantamento com 90 representantes de empresas chave do agronegócio brasileiro, realizado pela Hays Executive, empresa de recrutamento de C-level e diretoria, mostra que a falta de competência técnica é uma das principais dificuldades na contratação, citada por 43% dos entrevistados. Tempo de experiência e vivência no setor aparecem logo em seguida, com 18 e 12%, respectivamente.

De acordo com Winnie Welbergen, responsável pelo estudo, isso acontece porque o agronegócio demanda, cada vez mais, um profissional híbrido, que tenha habilidade de circular e resolver as demandas do campo e, ao mesmo tempo, tenha habilidade de exercer influência em um ambiente corporativo globalizado e matricial.

Outro resultado da pesquisa indica que muitos profissionais presentes hoje no setor acumularam experiências em outras indústrias: 58% afirmam não ter iniciado sua carreira no agronegócio; 68% trabalharam anteriormente, por mais de cinco anos, em outras indústrias. Isso explica o esforço que o setor tem feito para encontrar profissionais que circulem bem entre esses dois cenários.

SOFT SKILLS
As competências comportamentais – ou soft skills – também são apontadas como essenciais para quem busca sucesso profissional no setor de agronegócio. Capacidade de realização e entrega de resultados, juntamente com habilidades de liderança e influência são apontadas por mais de 70% como sendo essenciais para o sucesso de um executivo.

Habilidades de relacionamento em diferentes níveis e perfis são fundamentais para mais de 50% deles. Poder de decisão é citado por 36%, gestão de conflito por 27% e gestão de risco por 26%. Já a experiência prévia no setor e mobilidade foi elencada por apenas 21% e 20%, respectivamente.

Foto: Skeeze/Pixabay