Segundo a OMS, cerca de 44% da capacidade produtiva fica comprometida
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As diretrizes tecnológicas e de bem-estar deverão se manter em alta para Recursos Humanos neste ano. Diante desse cenário, as empresas precisam estabelecer padrões específicos relacionados à saúde e à segurança dos colaboradores, promovendo engajamento e melhorando a produtividade.
Rosana Marques, CEO da Seg, empresa do segmento de saúde e segurança do trabalho, chama a atenção especialmente para as doenças emocionais e cita dado divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que aponta: cerca de 44% da capacidade produtiva do indivíduo fica comprometida quando ele apresenta um quadro, por exemplo, de depressão. Ansiedade, perda de interesse pelo trabalho, falta de concentração e dificuldade em cumprir prazos e demandas são algumas das consequências que inibem a capacidade social e a produtividade das pessoas que sofrem de doenças emocionais.
“É necessário uma mudança de postura entre as lideranças para que a empresa tenha um programa de auxílio a esse colaborador, assim, é possível acompanhá-lo e ajudá-lo no tratamento, o que mudará a percepção dele em relação à empresa e impactará diretamente em suas atividades”, explica Rosana.
A isenção de responsabilidade adotada por algumas empresas que contratam terceirizados também é desaprovada pela especialista. “Independentemente do tipo de vínculo empregatício, as organizações precisam criar iniciativas direcionadas para garantir o bem-estar desses colaboradores”, sinaliza.
Ela ressalta que muitas vezes o funcionário não recebe o devido acompanhamento, o que pode contribuir para o agravamento de doenças e até ocorrência de acidentes, aumentando o absenteísmo e impactando diretamente no negócio.
Para a especialista, também é essencial que as novas lideranças em gestão de pessoas se adaptem às tendências e mudanças tecnológicas. “O eSocial, por exemplo, que envolve rotinas que o departamento já estava acostumado, vem com processos diferentes e envolvimento de outras áreas das empresas, contribuindo para a otimização de processos, e proporcionando ao profissional de RH mais liberdade para o foco na gestão de pessoas”, finaliza.