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Tanto quanto uma boa remuneração e mais tempo livre, muitos executivos estão à procura de desafios, rotina criativa e senso de propósito em relação ao seu dia a dia na empresa; e a busca por significado no trabalho tem motivado muitos deles em suas movimentações profissionais, o que inclui atuar em startups. É o que afirma a consultora Helena Magalhães, sócia da People Oriented.

“É cada vez mais comum ver executivos saindo de empresas tradicionais em busca de um novo modelo de negócios. Eles nos procuram e dizem para avisá-los se tivermos uma posição bacana em uma startup, porque gostariam de levar a bagagem acumulada para uma empresa ainda em estruturação”, afirma.

Esse novo cenário, ressalva Helen, não está restrito a executivos do C-Level, como CEOs e CFOs. Profissionais de diversos níveis seguem pelo mesmo caminho, motivados por uma compreensão de que, já que tanto tempo da vida é dedicado ao trabalho, ele não pode ser fonte apenas de recompensa financeira, mas também emocional. As empresas, por sua vez, têm percebido a mudança e se readequado para manter os atuais quadros de funcionários e atrair novos.

“Na área de tecnologia, em especial, a busca por propósito parece permear de forma mais natural nas empresas”, afirma Helena. Por outro lado, detalha ela, ainda há um déficit entre os contratantes em conseguir se adequar e oferecer os desafios certos para profissionais em busca de realização. “Esse é o desafio do momento”.

REALIDADE BRASILEIRA
Segundo uma pesquisa da Gallup de 2017, nos Estados Unidos, dois terços de funcionários de alto escalão estão entediados e infelizes com seus trabalhos, independentemente de remuneração e reconhecimento pelos pares. Para Helena, no Brasil, essa realidade tem um agravante: depois da bonança econômica no final da década passada e começo desta, a desaceleração abriu espaço para executivos refletirem sobre o que os motiva no trabalho.