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Na Fiesp, a expectativa para 2019 é abrir 10 mil novas vagas
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A indústria paulista encerrou 38,5 mil postos de trabalho no ano passado, uma variação de -1,80% sobre 2017, período em que foram perdidas 34 mil vagas. O resultado negativo já era esperado pelos industriais do estado. Em dezembro, o saldo também foi de baixa (-1,62%) em relação a novembro, com o fechamento 34,5 mil vagas. Os dados de Nível de Emprego do Estado de São Paulo foram divulgados nesta sexta-feira (18/01) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.

“Fechamos dentro do previsto, nada diferente do que havíamos analisado ao longo do ano. Mas agora temos otimismo. A confiança do empresário aumentou muito. Possivelmente, em 2019 vamos ampliar em 10 mil os postos de trabalho na indústria paulista. Nas nossas previsões, o crescimento do PIB deve ser de 2,5%. A perspectiva do empresário é de confiança, de um ano melhor”, diz  José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp.

Para que se concretize o cenário positivo, um dos fatores necessários é a redução da ociosidade na indústria. “A ociosidade hoje é muito grande na indústria paulista, algo em torno de 30% a 35%. Assim que ela começar a ser reduzida, vai trazer junto a alta na geração do emprego. Em um primeiro momento voltará ao funcionamento máquinas e equipamentos parados. Em seguida, as empresas vão desengavetar seus projetos e investimentos. O investimento virá bem forte, já que este é o motor do emprego”, avaliou.

Roriz lembra ainda que o setor automobilístico foi um dos que teve melhor desempenho em 2018, o que deve continuar este ano, ajudando na redução da capacidade ociosa. “Esse é um setor importante, porque traz junto outros setores, como o de metal mecânico, borracha, plástico, que fazem parte da cadeia de suprimentos”, explicou.

POR SETOR
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o ano de 2018, 15 ficaram negativos e 7 positivos.

Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de produtos de minerais não- metálicos, com geração de 4.880 postos de trabalho, seguidos por veículos automotores, reboques e carrocerias (4.513) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1.891).

No campo negativo ficaram, principalmente, produtos alimentícios (-14.625), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10.684) e couro e calçados (-6.460).