O brasileiro está conservador quando o assunto é mudar de trabalho. Segundo uma pesquisa da Randstad, o Brasil apresentou queda de 17 pontos no índice de mobilidade de emprego desde 2013, medida que analisa a confiança do profissional e a probabilidade de mudança de emprego nos seis meses seguintes.
De acordo com o relatório, o primeiro trimestre de 2013 registrou pico no índice de mobilidade de emprego nacional, com 139 pontos, 30 pontos superior à média global do mesmo período. Historicamente, o brasileiro fica acima da média, mas com menor espaçamento entre os números. No entanto, nos trimestres seguintes de 2013, o país sofreu queda de 10 pontos, influenciado pelo impacto da crise na operação das empresas. Com altos e baixos ao longo dos quatro anos seguintes, no início de 2018 a pesquisa registrou 122 pontos.
“Em relação ao trimestre imediatamente anterior, ficamos estáveis. Isso já é reflexo do otimismo e da melhoria que estamos vivenciando no mercado nacional. A tendência, agora, é que esse índice melhore cada vez mais, já que as empresas estão retomando contratações e estão mais sólidas financeiramente. Isso faz com que os profissionais se sintam mais confortáveis com a movimentação entre cargos e empresas”, analisa Winston Kim, gerente da Randstad Professionals no Brasil.
Sem promoção
No estudo, 73% afirmam que estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o emprego atual e 77% não mudaram de emprego ou posição nos últimos seis meses. No mesmo período, apenas 7% receberam promoção dentro da mesma empresa; 5% mudaram de posição e de empregador e 11% mudaram de empregador com um cargo equivalente ao anterior.
Embora o país venha apresentando recuperação, os profissionais têm um tempo de retomada um pouco mais lento. Nos últimos seis meses, somente 5% no Brasil foram proativos para buscar vagas de emprego e 44% declararam que não estão considerando a possibilidade de mudança no momento.
Foto: MHouge/Pixabay