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farmer-880567_skeeze_pixabayO emprego formal se manteve estável em junho no Brasil: no mês, foram registradas 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos, que resultaram na perda de 661 vagas. Já no acumulado do ano, o saldo ficou positivo, com 392.461 empregos a mais, um crescimento de 1,04% em relação ao primeiro semestre de 2017. Se considerados os saldos dos últimos 12 meses (julho de 2017 a junho de 2018), o resultado também é positivo. Foram criados 280.093 postos formais, 0,74% a mais do que no período anterior. Com isso, o estoque de empregos no país ficou em 38,21 milhões. As informações estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (20).

DESEMPENHO SETORIAL
As atividades que mais criaram vagas foram as ligadas à Agropecuária, que teve saldo de +40.917 empregos, resultantes de 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, uma expansão de 2,58%. O segundo melhor desempenho do mês ficou com o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública: +1.151 postos.

Já o setor de Serviços ficou estável em junho, com 589 novos empregos, consequência de 480.517 admissões e 479.928 desligamentos.

As demais áreas tiveram desempenho negativo: o comércio foi o setor com o pior resultado, com retração de -0,23% em relação a maio. O saldo do mês ficou em -20.971 vagas. Em seguida, a Indústria de Transformação admitiu 176.249 trabalhadores e desligou 196.719, -20.470 vagas, uma queda de -0,28% em relação a maio.

DESEMPENHO REGIONAL
Quatro das cinco regiões brasileiras tiveram crescimento no emprego formal em junho. No Centro-Oeste foram criadas 8.366 novas vagas; no Sudeste, 3.612; no Nordeste, 3.581; e no Norte, 930. Apenas na região Sul o saldo foi negativo, com o fechamento de -17.150 postos.

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA

A distribuição do emprego entre as modalidades criadas a partir da Modernização Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) ficou assim:

DESLIGAMENTO POR ACORDO ENTRE EMPREGADOR E EMPREGADO
Em junho, houve 13.236 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.053 estabelecimentos. Um total de 18 empregados realizou mais de um desligamento.

TRABALHO INTERMITENTE
Nessa modalidade de contratação, houve 4.068 admissões e 1.380 desligamentos, gerando um saldo de 2.688 empregos em 1.299 estabelecimentos. Um total de 30 empregados firmou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

As dez ocupações com maiores saldos de emprego foram as de assistente de vendas (315 postos), recepcionista (147), alimentador de linha de produção (120), servente de obras (119), garçom (102), cozinheiro (81), faxineiro (72), pedreiro (60), carregador (54) e vigilante (48).

TRABALHO EM TEMPO PARCIAL
Foram registradas 4.525 admissões em regime de tempo parcial e 3.537 desligamentos, gerando saldo de 988 empregos, envolvendo 2.875 estabelecimentos. Um total de 27 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial, sendo três com jornada acima de 24 horas.

As dez ocupações com maiores saldos de emprego foram as de vendedor de comércio varejista (109), assistente administrativo (107), repositor de mercadorias (105), operador de caixa (91), auxiliar de escritório (77), faxineiro (69), operador de telemarketing técnico (66), recepcionista (42), motorista de ônibus urbano (41) e embalador a mão (33).

Foto: Skeeze/Pixabay