Flexibilidade de horário e home office estão entre os benefícios mais valorizados
O equilíbrio entre a carreira profissional e a vida pessoal é um desejo cada vez mais valorizado pelos profissionais que buscam melhor qualidade de vida, motivando-os a considerar empresas com políticas de benefícios relacionados à flexibilidade. Essa é uma das indicações da oitava edição do estudo Análise de Tendências & Salários do Brasil, realizado pela consultoria Hays. O levantamento reuniu a opinião de 2,6 mil profissionais de mais de 400 empresas de todos os portes e dos principais setores produtivos do país.
Entre os cinco benefícios mais reconhecidos pelos profissionais estão flexibilidade de horário (72%) e o home office ou trabalho a distância (53%). Para acompanhar essa transformação, principalmente entre profissionais millennials – que procuram um emprego com senso de propósito e coerente aos seus valores – as empresas estão seguindo a tendência de mercado e passaram a oferecer mais benefícios. Em 2017, 65% delas não ofereciam home office; no ano passado, este número caiu para 49%.
Em comparação a 2017, houve um acréscimo de 13% em relação às empresas que oferecem flexibilidade de horário, alcançando 51% dos empregadores. Cada vez mais esses benefícios são demandados pelos profissionais que buscam autonomia e, apesar dos desafios envolvidos nestas opções de trabalho, as empresas estão discutindo como oferecer estes benefícios, garantindo o engajamento da equipe a produtividade do negócio.
“Em 2019, 65% dos funcionários consideram mudar de local de trabalho. Eles nos dizem que o salário ainda é o motivo número um (75%), no entanto, benefícios como horário de trabalho flexível realmente importam”, afirma Jonathan Sampson, diretor-geral da Hays Brasil & Latam.
A implementação de benefícios como esses caminham junto da política de retenção de talentos: além de investir no desenvolvimento técnico, progressão de carreira e reconhecimento, o bem-estar do funcionário é essencial para garantir que esses talentos permaneçam em uma empresa por muito mais tempo.
“Nesse mercado em desenvolvimento, com habilidades em evolução e requisitos comportamentais, a retenção de talentos será um foco importante. As empresas estão dando ênfase aos bônus anuais e aos benefícios não salariais, incluindo mentoring para engajar os colaboradores e evitar perdê-los”, finaliza Sampson.